Em 1901, João Corrêa Ferreira da Silva inicia a construção da estrada de ferro (Novo Hamburgo – Taquara) e, superando diversas dificuldades por meio de seu esforço, vê, em agosto de 1924, um dos seus grandes sonhos realizados: a inauguração da “Estação Canella”. João Corrêa diria que “a minha glória e a de meus filhos é a de havermos vencido a subida da montanha… a estrada ficará aí para exemplo dos que tiverem que repetir esta façanha… verão os homens de amanhã se fomos uns utopistas ou se revelamos ao Rio Grande um dos mais belos e futurosos recantos de seu território”.

Com a chegada do trem, começou o afluxo a Canela. Na década de 30 Danton Corrêa da Silva, filho do também fundador da cidade, João Corrêa Ferreira da Silva, deu impulso ao hotel iniciado em 1916 por sua mãe Luiza Burmeister Corrêa, o Grande Hotel Canela.

Muitos porto-alegrenses e visitantes do Rio de Janeiro e São Paulo passavam parte do verão em Canela, seja por recomendação médica, pelo clima aprazível ou graças às belezas naturais. A vida gravitava em torno do hotel, onde se realizavam as festas dos “veranistas”.

Passadas duas décadas, foi erguido com tijolos e pedras basálticas um prédio entre o lago e os chalés que se espalham no meio do verde.

O Grande Hotel Canela, há mais de 100 anos possui características muito próprias: o traço da família, que conserva há tanto tempo, a virtude do serrano, a tradição de hospedar, de receber e de zelar.

Mantém toda essa história viva em seu Museu e no Casarão onde tudo começou.

“Uma História, uma família, um Grande Hotel